A importância de não julgar

Não Julgue

Nesta fábula zen, falo sobre um fazendeiro que não julgava os acontecimentos e entendia a verdadeira natureza da vida, que você não pode julgar qualquer evento como um “fim”. Vamos falar sobre o pré julgamento que fazemos dos acontecimentos em nossas vidas.

Conto Zen do fazendeiro e o julgamento

 

Era uma vez um velho fazendeiro que havia trabalhado em suas lavouras por muitos anos. Um dia seu cavalo fugiu. Ao ouvir a notícia, seus vizinhos vieram visitá-lo. “Que azar”, disseram eles com simpatia. “Talvez”, respondeu o fazendeiro. Na manhã seguinte, o cavalo voltou, trazendo consigo três outros cavalos selvagens. “Que maravilha”, exclamaram os vizinhos. “Talvez”, respondeu o velho. No dia seguinte, seu filho tentou montar um dos cavalos indomados, foi atirado e quebrou a perna. Os vizinhos voltaram a oferecer sua condolência por sua desgraça. “Talvez”, respondeu o fazendeiro. No dia seguinte, oficiais militares foram à aldeia para alistar jovens no exército. Vendo que a perna do filho estava quebrada, eles passaram por ele. Os vizinhos parabenizaram o fazendeiro pelo bom andamento das coisas. “Talvez”, disse o fazendeiro.

O que aconteceu neste conto?

 

O fazendeiro está praticando o não julgamento. Ele entende a verdadeira natureza da vida, que você não pode julgar qualquer evento como um “fim” de alguma forma. Nossa vida não se desenrola como uma obra de ficção. Não há interrupções definidas que separem um momento do outro, e não há um fim perfeitamente formulado para o qual tudo se constrói. Sempre há amanhã. E se o dia foi bom ou ruim, há um milhão de efeitos que podem surgir de um único evento. O bem e o mau estão interligados. Eles são, na verdade, as duas faces da mesma moeda. Se as coisas parecem perfeitas, talvez elas não sejam. Se parece o fim do mundo, talvez também não seja. As coisas podem mudar em um instante, a qualquer momento.

 

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